quinta-feira, abril 23, 2015

UM GINÁSIO QUE TEVE HISTÓRIA RELEVANTE EM JEQUIÉ


Padre Spinola e uma turma de ginasianas/Jequié


UM GINÁSIO BOM DE SE LEMBRAR



A resposta ao meu desafio, escrita pelo irmão da amiga Dina Pessoa, Joao Batista Pessoa


(que conheci no lançamento do livro sobre Jequié Sol, Histórias e Encantos 


no mês de abril). Fico agradecida ao amigo pelo relato muito interessante, 



"Os dados sobre a fundação do Ginásio de Jequié estão nos livros do professor e historiador Emerson Pinto de Araújo. 


Quando fui funcionário do Museu Histórico de Jequié, deixei nos arquivos do computador a 


"História do Ginásio de Jequié" escrito por mim, além de outros textos. 


De primeira mão, sem consultar nada, posso lhe adiantar que o Ginásio foi fundado em 


1935 pelo professor Felix Brito, com a ajuda do maior dos jequieenses, Vicente Grillo. Nos 


primeiros tempos, o ginásio funcionou no velho prédio, o qual foi destruído na primeira 


gestão de Luís Amaral. Enquanto funcionou no Edifício Grillo, o Ginásio ficou livre da 


despesa com o pagamento de aluguel. Naquela época o curso ginasial era muito 


importante e só existia, no interior baiano, em Caetité, Ilhéus e Feira de Santana. Aliás, 


Caetité era a única cidade do interior baiano com o curso normal. Pois bem: Vicente Grillo, 


além de não cobrar o aluguel, auxiliou o professor Britto nas despesas. Na década de 40, o 


ginásio foi adquirido pelo Bispo de Amargosa, tendo como sócio o padre Leonides Spinola, 


mais tarde Marquês de Monte Magidare, os quais edificaram o ginásio na colina afastada 


do centro, no local onde funcionou o CEMS, com as mesmas salas. Tempos depois, o


padre Spinola ficou sendo o único dono do ginásio. No início, a Capela da Imaculada 


Conceição funcionou em uma das salas do ginásio, na qual, depois da inauguração da 


capela que conhecemos, foi instalado o museu do ginásio. O padre Spinola ofereceu o 


prédio da capela a comunidade jequieense que transformou-a em uma igreja, na qual 


funciona a paroquia da Imaculada Conceição. O Cine Teatro Auditorium , foi inaugurado no 


final do ano de 1961. Eu falo dele em meu trabalho, o qual foi publicado, "Cinemas de 


Jequié” . Um abraco, João Batista Pessoa."


Aprendi nele muitas coisas boas, fiz amigos, conheci meu primeiro amor. E os "cadernos de confidências"...quem não tinha um e quem não queria que os meninos cobiçados escrevessem neles? Interessante os momentos vividos ali, as meninas estudiosas ficavam a disputar quem tiraria o primeiro lugar nos estudos. Eu estudava para saber o porquê, não ligava para aquilo, era uma boa aluna porque estudava e tirava notas regulares, mas dava para ensinar às colegas que necessitavam de melhorar a média.Os professores eram muitos deles, pessoas ilustres de Jequié: O padre Spínola que ensinava francês, inglês e latim.O padre Climério que ensinava religião, o Professor Monteirão,do bigodão, ciências, seu filho Monteirinho, também de bigodão, matemática, Nair, também ensinava latim, Anizia Tourinho ensinava Geografia,como também Luiza Andrade. A gloriosa Maria Adélia Aguiar Ribeiro, português. Dr. Milton Rabelo, História Geral, Dr. Amando Borges História do Brasil, Dra. Isa Borges e Dr. Caricchio, Ciências, Profª Maria Lucia Martins, Matemática, Prof. Antonain, desenho, Profª Deyse, desenho artístico, Profª Noélia Esteves, Artes Manuais e Educação Fisica, Tínhamos também, aulas de canto orfeônico e Educação Moral e Cívica (Coisa que deveria voltar ao ensino).Do ano de 1959, quando fiz Admissão ao Ginásio até fins de 1962 estudei nesse colégio e só me trazem ótimas recordações.



quarta-feira, abril 22, 2015

EU ME CULPO DE QUE? SERÁ CERTO CULPAR-SE?



COMO LIDAR COM A CULPA...

O que afinal é a culpa? Segundo os dicionários a culpa pode ser:

1.  A responsabilidade de um ato ou uma omissão de um crime
2.  Causa de um mal. 
3. Delito, falta.
Entre outras definições, contudo eu li num artigo do site "Somos todos Um" que muitas vezes as pessoas se culpam sem mesmo saber o porque da culpa.
A pessoa se problematiza e não procura entender, crescer e livrar-se da culpa tornando-se vítima, impossibilitando um modo de enfrentar os revesses da vida.
A prisão em condicionamentos morais, religiosos e tradições familiares ou sociais nos faz sentirmos culpados muitas vezes, por não compreender o tabu de muitos preceitos.
Então a gente resolve se punir, guardar remorsos, rancores incontidos tudo isso um lixo emocional que só faz intoxicar o organismo.
Não é possível aprender a andar, sem cair.É possível perdoar-se por faltas que comentemos por não sabermos o porquê que fizemos.
Há uma grande diferença entre a dor e o sofrimento. A dor ninguém está livre dela e surge para termos consciência daquela informação. Já o sofrimento é o modo como a gente lida com a dor. Sendo a dor uma prova, é necessária. Mas o sofrimento é opcional. A gente pode tirar exemplos dele ou pode se vitimar afundando em lamentações e não adianta reclamar.
Um animal selvagem carnívoro devora sua presa sem o menor remoço porque dali é sua sobrevivência, é uma lógica. Não podemos ser como os animais selvagens mas agimos como tal. Devemos procurar usar nossa energia para nos sentirmos bem e cada vez melhor,deixando de lado a culpa.


sexta-feira, abril 17, 2015

MEU PAI HOMENAGEADO NA TABERNA DA HISTÓRIA DO SERTÃO BAIANO


Agradeço ao autor do site esta homenagem sobre meu pai, Luis Fernandes de Vitória da Conquista/BA.


De Jequié

Antônio Astolpho dos Santos


Antônio Astolfo no consultório da Silva Jardim em Jequié. Décadas de 40 e 50
Antônio Astolpho no consultório da Silva Jardim em Jequié na década de 40
O médico Antônio Astolpho dos Santos nasceu no dia 9 de abril de 1910 em Salvador. Estudou o curso primário no colégio da professora Isaura Guedes; iniciou o secundário no Colégio Ipiranga e o terminou no Colégio Carneiro Ribeiro, por ser, na época, um dos mais conceituados. Porém, aos 14 anos de idade ficou órfão de pai e teve de fazer concurso público para o Telégrafo Nacional, já que era arrimo de família, sendo aprovado em 8º lugar entre 200 candidatos.
Antônio Astolfo, aos 20 anos de idade, quando trabalhava nos Correios
Antônio Astolpho, aos 20 anos de idade, quando trabalhava nos Correios
Conhecera Dona Zenóbia, filha de José Rebouças (Juca), em Santa Inês (BA), ocasião em que fora trabalhar no telégrafo daquela cidade. Casou-se com ela em 26 de dezembro de 1934. Já casado e com três filhos, formou-se em Medicina no dia 29 de dezembro de 1942.
Antônio Astolfo quando era tenente-médico do Exército (CPOR) 30.06.1945
Antônio Astolpho quando era tenente-médico do Exército (CPOR) 30.06.1945
Fez o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais de Reserva) como aspirante a oficial-médico de onde saiu como 1º Tenente-Médico de 2ª Linha do Exército Brasileiro em 1943. Em seguida, montou consultório na Rua Silva Jardim, em Jequié, no final de 1943.
Casamento de Antônio Astolpho e Zenóbia em 1934, na casa de Juca e Adelina, em Jequié
Casamento de Antônio Astolpho e Zenóbia em 1934, na casa de Juca e Adelina, em Jequié
Enquanto sua casa era construída na Rua Nestor Ribeiro, fixou residência na Rua Trecchina, na Praça Castro Alves. Como médico chegou a atender artistas de circo e de teatro que se apresentaram em Jequié naquela época, a exemplo de Procópio Ferreira.
Antônio Astolfo dos Santos e família - 1952
Antônio Astolpho dos Santos e família – 1952
Astolpho construiu e fundou em Jequié a Associação Regional de Medicina, na esquina das Ruas 15 de Novembro e Apolinário Peleteiro, chegando, inclusive, a organizar o 1º Congresso Regional de Medicina em Jequié.
1º Congresso de Medicina em Jequié em 1958, organizado pelo médico Antônio Astolfo, na época presidente da Associação Regional de Medicina de Jequié
1º Congresso de Medicina em Jequié em 1958, organizado pelo médico Antônio Astolpho, na época presidente da Associação Regional de Medicina de Jequié
Trabalhou também no FUNRURAL e na Maternidade Perpétuo Socorro, a convite do médico Mariotti. Em 1971 montou outro consultório num edifício na 2 de Julho.
Inauguração do consultório no edifício na 2 de Julho em 1971
Inauguração do consultório no edifício na 2 de Julho em 1971
Antônio Astolpho faleceu no dia 25 de novembro de 1980.