quarta-feira, julho 04, 2012

Lendas que eu lia na infância - AS RUSSAS


A MINHA FASCINANTE INTERAÇÃO COM A RÚSSIA
Desde pequena, aos 10 anos de idade, recebi de meu pai, uma coleção de contos e fábulas do mundo inteiro, nunca senti tanta alegria, pois eu entrava nos livros dando vazão a minha criatividade e fantasia, vivenciando cada página dos livros. E desses os que mais me motivaram os sonhos foram os volumes das fábulas, contos e lendas russas. As fábulas continham sempre  raposas, passarinhos, cavalos, ursos, macacos, bodes enfim uma gama de animais que no final das fábulas continha a moral da história. Que podem ser até hoje empregadas ao mundo atual.
Exemplos de algumas “morais da história”:
“Se todos se calassem, no mundo  jamais se ouviria a voz da justiça, e ele não tardaria em se transformar num enorme palco de covardes.” Fábula do Elefante e o Cãozinho.
“O que despreza as próprias possibilidades, e tenta enfrentar esforços para os quais não nasceu, acaba sempre malogrando”. Fábula do Lúcio (um peixe) e o Gato.
A mitologia russa ou eslava nos mostra sempre um dualismo primitivo baseado na oposição entre luz e trevas, amor e ódio, céu e terra considerando como nós a relação entre o bem e o mal. A Luz é uma força vivificadora e a Treva por sua vez uma força destruidora.  O que não há nada de novo nessa concepção, pois observamos em outras mitologias. No entanto, na mitologia russa, o Céu, era uma simples  coisa: pelo contrário, considerava-se  um ser supremo, e denominava-se Svarog, sendo Svar significando claro, brilhante e  teve dois filhos, o Sol e o Fogo. Interessante que o Céu, muitas vezes iluminado pelos raios do Sol, outras, coberto de nuvens ou sulcado por raios do Fogo. A Terra era uma divindade especial. Os russos davam-lhe o nome de Mati-Syra-Zemlia, que significa Terra-Úmida-Mãe. Sendo a Terra um ser supremo, consciente e justo que fala uma língua misteriosa, capaz de nos predizer o futuro.
Entre outras divindades havia o Domovai, espírito do Lar que advertia os moradores de uma casa dos perigos que os ameaçavam, era um ser peludo com a forma humana. Em seguida o Lechy, espírito das florestas também com aspecto humano, de faces azuladas com barbas e olhos verdes, corria nas veias um sangue azul. Ele não tinha sombra e sempre se transformava em minúsculos seres. O Polevik, era o senhor dos campos, era negro possuía  cada olho de uma cor. O Vodianoi, espírito das águas morava nos lagos, rios, tanques. Em geral debaixo das rodas dos moinhos. Era homem ou mulher, mas muitas vezes era um peixe enorme munido de asas  e que usava os afogados como escravos para sempre. Havia também uma divindade que era difundidíssimo o seu culto, daí a alegria dos russos, tratava-se do Yarilo, deus do amor carnal, seu nome provém de Yary que significa ardente, apaixonado. Era jovem, montado numa cavalo branco vestia-se com um tecido alvo e na cabeça uma coroa de flores.  Acreditavam os russos, no poder das águas que se manifestava como milagroso e especial domínio.
Baba Yakha ou Baba Yaga (pronunciado: bah-bye'yegg-ah) é, na Mitologia russa, a mulher selvagem, a dama escura e amante da magia. Ela é também vista como um espírito de floresta, levando os jarros de bebidas espirituosas. A palavra Babanas línguas eslavas mais significa uma mulher mais antiga ou casada de classe social inferior ou simplesmente uma avó.

Num segundo momento, continuarei relatando coisas sobre os 
russos e suas lendas maravilhosas.