SAUDADES, EM VEZ DE UM PONTO,
UMA VÍRGULA.
(Adaptação de uma crônica de Jannaina Teixeira para Hugo)
"Saudades, só sofre quem tem
algo para lembrar...
E já que decidistes me
acompanhar pela vida, traz para mim a alegria e retira do meu peito a dor dessa
nostalgia.
Faz-me viajar no tempo,
reviver em meu pensamento a imagem da amizade, me transporta para aqueles dias
onde não havia mágoas ou arrependimentos, somente sorrisos e contentamento.
Desperta meus sentidos, conduz
o meu olfato ao cheiro da infância que lentamente desapareceu, aguça meus
ouvidos para a velha música que ecoa em meu peito... Ciranda, cirandinha...
Ah, saudade... De tantas
emoções, és um sentimento sem tradução, utilizas o verbo perder para poder
existir, satisfaz-se com lágrimas derramadas, és covarde, desumana e
inoportuna.
Apoia-se nas gratas lembranças
e nos momentos inesquecíveis das nossas vidas.
Na imagem distorcida dos
ausentes nos corações que sofrem como quem espera.
Saudades, já que estás em mim
e és meu presente, acompanha-me nesta estrada, leva-me a tua casa, vigias meu
sofrimento, suaviza minha dor, fortalece meu ser, controla meus atos, enxuga
minhas lágrimas e perdoa meu egoísmo, por sofrer de saudades."
Uma lembrança de um irmão que
só deixou saudades: Hugo
(Jequié, 13 de fevereiro de 2014)
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