COMER JILÓS PODE SER BOM!
Pense bem nisso! É uma questão de amor a si próprio.
Uma senhora fazia feira há mais de 20 anos pensando nas coisas
fresquinhas que iria levar para o marido, para o filho mais velho, para o
filho do meio, e para a caçulinha.
Um dia ela foi surpreendida pela
pergunta do feirante:
- E para a Senhora, o que vai levar?
Ela
foi até em casa pensando nos jilós que há muitos anos não comprava,
apesar de adorar,
ela nunca comprava o danado do jiló pois ninguém
em sua casa gostava.
Nesse dia ela chegou em casa e voltou correndo
para a feira e comprou um monte de jiló
fresquinho, e preparou com
gosto como se fosse para uma rainha, e comeu com mais gosto ainda,
sentindo-se a própria rainha.
Quantos jilós deixamos de comer para
agradar essa ou aquela pessoa?
Quantas coisas boas deixamos para
trás em nome do amor?
Quantos sapos engolimos, e as vezes, até
humilhações sofremos calados.
Tudo em nome do amor.
Sei lá que
raio de amor é esse, amor de peixe podre: quando mexe fede, quando frita
faz mal?
Tenho andado pelas ruas e continuo vendo as pessoas de
olhar baixo, olhos cansados,
semblante pesado.
Parece que as
pessoas estão esperando algo acontecer para serem felizes.
Ouço
muitos suspiros!
As pessoas afirmam que se tivessem mais dinheiro,
seriam felizes, se tivessem alguém para amar
seriam felizes, se
tivessem um emprego seriam felizes.
De outro lado, vejo pessoas
com muito dinheiro com muito medo de perderem o que conquistaram, com
medo de sair na rua, com medo de seqüestro, tomando "sono em caixinhas".
Vejo casais brigando por cada besteira..., ciúmes, paranóias, desgaste
de relações,
filhos abandonados, incompreensão...!
Gente
empregada reclamando do chefe, do salário, do lugar, da cadeira, dos
amigos da mesa ao lado...
E, o tempo passando..., escorrendo como
areia fina pelos dedos.
As oportunidades passam na nossa vida e nem
damos bola!
Estamos ocupados demais em atender a esse ou aquele
pedido dos outros, estamos nervosos
demais na reclamação, na
angústia, na incompreensão dos outros.
Continuamos colocando
sonhos malucos em nossa cabeça sem avisar as partes interessadas.
Por fim, não acreditamos que a felicidade está na nossa porta, que está
dentro de nós agora,
que podemos comer jiló quando quisermos, que
podemos não querer jiló nessa hora.
Que somos donos do nosso nariz,
que se quebrarmos a cara em uma tentativa qualquer,
somos nós que
temos que nos levantarmos, tirar o aprendizado da experiência e tocar o
barco.
Olha, a sua vida é um barquinho, sua vontade são
os remos, os desafios são os rios turbulentos.
Para avançar seu
barquinho e alcançar um porto seguro (ser feliz), é preciso gostar de
seu
barquinho, cuidar dele com carinho.
Imagine se o seu barco
estiver com o casco furado?
Você não vai chegar em lugar nenhum..!
Por isso repito sempre aqui: cuide primeiro do seu barquinho (sua
vida), quando ele estiver forte, bonito e preparado para vencer os rios,
você poderá rebocar todos os que estiverem "perdidos pelo caminho".
Ah.., e se você tiver vontade de comer jiló, vá à feira, e escolha
os mais bonitos e coma até se lambuzar...!
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